sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
“A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito,
o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro.”
- Caio Fernando Abreu
 
Estávamos deitados no seu sofá, era tarde, e tentávamos entender porque nos deixamos conduzir para aquele caminho tortuoso, que só nos fazia mal. Eu estava apoiada em seu peito, em uma posição não tão confortável, mas eu poderia permanecer nela, por toda a minha vida. Ele acariciava minha nuca, e me fazia perguntas para as quais eu não tinha respostas. Eu respirava o seu perfume e o puxava para mim, na tentativa de fazer com que ele fosse eternamente meu, só meu. E em um piscar de olhos, ele me moveu, não permitindo mais que eu me "enchesse" dele através da respiração, mas me deitou e repousou sua cabeça sobre minha barriga, invertendo a situação e me concedendo o poder e tê-lo sobre mim. Senti o calor de suas mãos envolvendo a minha cintura, e sua boca me beijar sobre a blusa. Ouvi ele sussurrar que me amava, e pela intensidade do momento me permiti acreditar em suas palavras. 

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