quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Tenho dormido na sala de minha casa, de onde, ontem, pude perceber a vista privilegiada que tenho. Me deitei e ao abrir os olhos, para buscar o celular em meio a lençóis, na esperança de ter nele, uma mensagem que melhorasse aquela noite vazia e tediosa, percebi no céu escuro, três estrelas, brilhantes e indiscretas iluminando meu rosto que permanecia tenso por não ter atingido o objetivo diário e quase que essencial. Contemplei por horas as minhas estrelas, afastando para longe o sono, que relutava em ficar. Revivi momentos que não voltam mais, e imaginei outros, que dificilmente aconteceriam, e minhas amigas noturnas, permaneciam lá, me apoiando, quem sabe, a continuar a consultar minha imaginação. Foi quando, me permiti imaginar, por onde andava você, sobre qual companhia, por quais diversões, e pude sentir lágrimas visitarem meu rosto. As sequei e afastei, sem muitos esforços, os pensamentos ruins que me assombravam, usando como desculpa, o fato de você não estar preocupado comigo e obriguei-me a fazer o mesmo. Adormeci enquanto as admirava, porém elas me concederam, o melhor sonho que tive em minha vida!
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Certa vez conversava com um amigo, quando ele me vira e faz uma pergunta:  - O que pretende da vida? -
Disse com plena convicção: - Nada. Não posso viver se as duas únicas coisas importantes não estiverem aqui. Essas são: a família e os amigos. A felicidade deles é a minha felicidade. A tristeza deles é a minha destruição. As vitórias deles são a minha força. As derrotas deles são o meu fracasso. Sem esses, nada sou. -
Ele então me questiona mais uma vez: - Sim, isso está certo. Mas, e você? O que pretende para si? Enquanto observa de longe os castelos de seus amigos a subir, não deveria cuidar do seu próprio? Talvez se demorar muito, pode acabar sendo tarde! -
Na hora não soube responder a essa questão. Não poderia saber. Hoje responderia, sem hesitar: - Se esses constroem castelos, então precisarão de ajuda para construí-los. Precisarão de força para lutar contra os seus inimigos, seus medos e anseios. Precisarão de apoio quando caírem ou forem derrubados pelo destino. Eu estarei aqui. Não preciso de nenhum castelo. Nem uma casa feita de tijolos. Se sua estrutura estiver de pé, então, eu estarei de pé. Se sua estrutura, se suas forças se mantiverem, então, eu estarei viva! -
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Não quero nunca mais amar. Nunca mais me machucar. Nunca mais sentir dor. Nunca mais sentir nada. Não quero mais sofrer. Não quero vencer. Não quero lutar. Não quero morrer. Não quero te ter. Não quero você. Não quero te ver. Não quero crer. Não quero ser. Não quero sorrir. Não quero. Não quero. Serei dura como pedra, forte como o mar, fria como o vento... furiosa como o fogo. Serei impenetrável. Serei intransponível. Serei uma máquina, monótona, chata e repetitiva. Serei como sou. Não posso ser como você. Apenas o que sou. Nunca mais do que serei. Sou assim, e assim sempre me manterei.
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Por que as melhores coisas, têm data de validade? Como aquele 'danône' favorito, que percebemos que está vencido, logo no momento em que mais desejamos comê-lo. Aquela nossa melhor amizade, que jurávamos que nunca acabaria, que durou anos, mas um dia teve seu fim. Ou o amor, avassalador e inquietante, que pulsava em nossos peitos, e hoje só se manifesta como carinho e compaixão. A família, unida e inquebrável, que hoje se mostra tão frágil ao ponto de não mais existir! O colo acolhedor, de alguém que amamos, e que hoje, não se faz mais presente, fisicamente, entre nós. Seja qual ocasião for, que tenha tido um fim, sem dúvidas, eternizou junto consigo, momentos inesquecíveis e inapagáveis, e são a eles, que devemos nos agarrar, para enfrentar o que for preciso.
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Eu estava deitada, forçando minha memória a trazê-lo para mais perto de mim, a lembrar com todos os detalhes a última vez que estivemos juntos. A mesma, me obedeceu corretamente, e eu mergulhava em minhas lágrimas ao poder rever tudo aquilo. Eram detalhes perfeitos. Mínimos. Acompanhados de toda a emoção que senti no momento em que os vivi. Mal pude ouvir o telefone tocar, levando consigo o combustível que meu coração, triste e ferido, precisava para bater. O achei entrei as almofadas que me rodeavam, e o atendi com rancor, pois nada seria mais importante que determinadas lembranças, naquele instante. Me surpreendi com a voz que ouvi, e honestamente mal pude acreditar à quem ela pertencia. O dono de minhas lembranças, surpreendentemente me ligara e exatamente na hora que eu mais precisava dele. Não foi um diálogo, como os inúmeros e extensos que tivemos até a data presente, mas foi especial pela surpresa e exatidão!
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Sou grata por cada dia que você me deu. Talvez eu não saiba tanto, mas eu sei que isso é verdade. Eu fui abençoada porque fui amada por você. Você sempre esteve lá para mim. O vento carinhoso que me levava, uma luz no escuro, brilhando seu amor na minha vida. Você tem sido minha inspiração. Em meio a mentiras você foi a verdade! Meu mundo é um lugar melhor por sua causa. E eu sou tudo o que sou porque você me amou. Espero, que você cuide bem do meu coração. Pois estou partindo, mas deixo ele com você!
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domingo, 16 de janeiro de 2011
Seus braços e suas pernas me rodeavam, me fazendo sentir segura. Seus lábios tocavam pausadamente minha nuca, revezando com sua respiração, fugaz, que me fazia sentir calafrios. Ele era um grande e raro cavalheiro e naquela noite, pude admirar muito mais essa inestimada qualidade. Havia algo diferente entre nós dois durante aquelas horas, culpa, arrependimento, quem sabe? Desconheço o que nos mantinha tão próximos. Vibrantes. Me derreti em nosso primeiro abraço, seus olhos, assustados, me observavam chorar, de cabeça baixa apoiada em seu ombro. Suas mãos, frias, não sabiam se secavam minhas lágrimas ou as impediam de cair. Sessei aquela demonstração de vulnerabilidade e em minutos, eu estava composta, disposta a aproveitá-lo, como nunca. Recostei sobre seu peito, onde pude ouvir o pulsar de seu coração e me arrepiar, por perceber que o que estávamos vivendo era realmente verdade. Os meus medos e minhas dores desapareceram, diante das horas que passei ao seu lado. Mas me levando a seu portão, ele me trouxe a realidade, e com um abraço me confortou sobre a crueldade da mesma. Eu o amava, mesmo diante da devassidão que se encontrara o meu coração por ver e saber coisas que não os agrada. Vê-lo com outra mulher, seria como uma faca transpassando minha alma e acertando em cheio aquilo que chamo de coração. E meus sonhos me adiantaram essa dor. Inevitável, esmagadora e cruel.
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domingo, 9 de janeiro de 2011
Vamos, me traga você, uma doze ou duas... Quem dirá até três! Satisfaça esse desejo de te ter, acalme o meu coração com o pulsar do seu. Chegue perto, fale alguma coisa, ou simplesmente não fale nada. Me beije a boca daquele nosso jeito particular, ou me ensine outros truques. Me mostre a sua pegada, me arrepie o corpo com um simples beijo na nuca. Chegue perto, mais perto, não seja tão idiota assim, eu lhe amo e você sabe disso. Eu permito que você toque a minha orelha, lhe abro uma exceção, sou sua por hoje... E se assim for da sua vontade, por toda a eternidade!

        "Quando a nossa música tocar"
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Rio de Janeiro 16 de Dezembro de 2010*

sábado, 8 de janeiro de 2011

Era noite, aproximadamente oito horas, eu me direcionei a capela do Santíssimo. Era véspera de meu aniversário, e minha maior intenção era pedir ao meu Senhor um presente que peço durante todo ano, mas que talvez eu não tenha feito por merecer durante o passar dos longos trezentos e sessenta e cinco dias e por isso não recebi. Adentrei a sua casa, me pus de joelho a sua frente, como de costume, agradeci, me humilhei como sua serva e o adorei, com toda a força existente em meu ser. Não é nada incomum, que eu me debulhe em lágrimas à sua frente, mas naquela noite fui ao Ápice de minha fé e meus sentidos. Permaneci ajoelhada, mas a cada minuto que se passava, eu sentia meu corpo mais e mais pesado. Quando me dei por si, estava caída, escorada a porta que dá acesso à Ele. Eu não tinha mais controle do meu corpo, dos meus pensamentos e muito menos das minhas lágrimas, que não paravam de cair sobre meus braços e minhas pernas. Só enxergava a minha frente o Meu Deus e ao lado dele a imagem de meu pai, pessoa a qual seria beneficiada diretamente com o pedido que fui determinada a fazer à Ele. Pisquei meus olhos, inchados, e meu pai simplesmente desapareceu, como se ele nunca tivesse estado lá. Olhei ao meu redor e tive a comprovação de que ninguém vira nada além de quem procurávamos ali -Ele-. Ergui, o pouco que consegui, o meu corpo, e em uma tentativa falha, tentei me colocar de joelhos novamente. Pela primeira vez, desde que tinha entrado naquela Capela, consegui ouvir o cântico que as pessoas que lá dentro estavam, entoavam e me permitir cantá-lo também.
Hoje, quase um mês depois de tal momento inesquecível, pude perceber que o meu Senhor, me preparava para tudo que têm acontecido com a minha família, através da imagem de meu pai, Ele me dava amor, através da surdez que tomou conta de mim, me dava paz e através de meus olhos me permitia somente enxergá-lo. Não recebi o presente que tanto lhe peço, e também percebi que não é a hora exata de recebê-lo, portanto não permitirei que minha Fé desanime e esperarei de pé a hora do meu presente, chegar!
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"Me traz você, por favor. E leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega."
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Sou as suas olheiras, que marcam todas as tristezas da tua vida. Sou o seu abraço, sincero e caloroso mesmo quando não nos vemos a somente algumas horas. Sou o seu sorriso, largo e discreto. Sou suas mãos delicadas, mesmo quando elas não estão tocando as minhas. Sou sua coluna, torta e problemática. Sou seu cabelo, liso e obediente, que se ajeita com apenas um toque meu. Sou os seus lábios, frios, pequenos e arrebatadores. Sou o seu cheiro, a sua cor e a sua estatura. Sou o seu passado, assombroso ou relevador. Sou todas as que já passaram pela sua vida, que te fizeram feliz ou que te deram somente horas de prazer. Sou cada um dos seus amigos, me agradando eles ou não. Sou a sua música favorita, a sua bebida predileta, a sua melhor roupa o seu mais caro sapato. Sou todo o seu ciúme, que me encanta e me assusta. Sou o seu descaso, a sua raiva, a sua mágoa, o seu amor. Sou a sua história, sou os seus vinte anos, e os seus trinta, quarenta, cinquenta e assim sucessivamente. Sou você, e tudo aquilo que te faz ser você. s2
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Nos encaramos e no seu olhar, pude ver todo o ódio alimentado para mim. Caminhei ao seu encontro, e ele percebeu que meus passos eram um convite a caminhar na minha direção. Parei a sua frente, olhei em seus olhos -pois sempre foi o que eu mais gostei nele- e percebi que ele sofria. Sofria com as minhas atitudes erradas e idiotas as quais, não sei explicar porque cometi. O encorajei a falar tudo que sentia, e antes eu não tivesse feito isso. Ele estava correto, com toda a sua razão e eu acuada e me sentindo cada vez mais culpada. Me acusou, esclareceu sua decepção e foi rude. Me desculpei, lamentei e fiz promessas, mas nada adiantou. Ele notou em meu rosto um "algo" diferente, e resolveu tirá-lo dali. Ergueu sua mão delicada, e me tocou. Estremeci! Removeu o "algo" da minha pele, o que denominou por "cisquinho" e retomou a conversa. Me pareceu menos raivoso, mas não menos magoado. Notamos que "ali" não era o melhor local para concluirmos aquele longo assunto, e marcamos de nos encontrar durante a semana. Ao se despedir de mim, ele voltou a ser o que era a um mês atrás. Naquele abraço apertado, me transmitiu amor, o amor que eu tanto precisava a dias.


Por mais que você não leia esse texto, quero que saiba que eu errei muito e tenho consciência disso. Não fiz premeditadamente e me dói, mais que tudo nessa vida, saber que te magoei (Pausa para um suspiro) e me arrependo amargamente de tudo que fiz! Sei que arrependimento não faz as coisas mudarem, mas sei também que é o primeiro passo que devemos tomar.
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Escrevo o que não consigo falar, escrevo para não me desesperar! Conto histórias reais e fictícias, minhas e ou de pessoas conhecidas. Escrevo, porque tenho plena certeza, que algumas pessoas precisam ler o que aqui exponho, para que talvez passem a duvidar menos do que sinto e o que mais dói além dessa dúvida, é que muitas delas, pouco se importam com minhas palavras. Tudo bem... Um dia alguém valorizará tudo isso "aqui"
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
“A gente se apertou um contra o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito,
o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro.”
- Caio Fernando Abreu
 
Estávamos deitados no seu sofá, era tarde, e tentávamos entender porque nos deixamos conduzir para aquele caminho tortuoso, que só nos fazia mal. Eu estava apoiada em seu peito, em uma posição não tão confortável, mas eu poderia permanecer nela, por toda a minha vida. Ele acariciava minha nuca, e me fazia perguntas para as quais eu não tinha respostas. Eu respirava o seu perfume e o puxava para mim, na tentativa de fazer com que ele fosse eternamente meu, só meu. E em um piscar de olhos, ele me moveu, não permitindo mais que eu me "enchesse" dele através da respiração, mas me deitou e repousou sua cabeça sobre minha barriga, invertendo a situação e me concedendo o poder e tê-lo sobre mim. Senti o calor de suas mãos envolvendo a minha cintura, e sua boca me beijar sobre a blusa. Ouvi ele sussurrar que me amava, e pela intensidade do momento me permiti acreditar em suas palavras. 
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Não consigo fingir que não estou vendo. Nunca tive talento para encenar descaso. Quando amo, manifesto ciúmes, tenho sentimento de posse, apesar de disfarçá-los e evitá-los constantemente! Me agrada -e muito- conhecer quem amo, por isso acho absurdo o velho clichê 'amor a primeira vista', pois não há amor que resista a desencontros, dúvidas e incertezas. É ótimo amar um conhecido de longas datas, ou tonar-se um conhecido de longas datas, graças a uma troca de olhares que já fala por si só. Longas conversas, curtos silêncios, trocas de olhares fervorosos, beijos apaixonantes e carícias infinitas: Isso sim é amor! Não as juras que você fez em meio a uma overdose de emoções. Juras, promessas e palavras o tempo nos tira, mas momentos, ah não ... Esses são sempre meus ou até mesmo teus!
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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Diante do nada, ele o protege de tudo. O acolhe em seus braços, em um posição nada confortável, mesmo não podendo suportar o próprio cansaço e adormecendo sobre aquele que ele insiste em cuidar!
Uma criança, velando por outra criança, e sem dúvidas, existe um Deus olhando por ambas.
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