Obtive um domingo inteiro para pensar em nós dois, e quando se trata de amor, pensar, na maioria das vezes não é uma boa solução. Afinal refletir, sobre o que é inexplicável acaba nos fazendo questionar e ou duvidar sobre o que dizíamos indestrutível.
"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
É a maior verdade que já ouvi. Pois se não movesse por você, tamanho amor, eu não teria chegado até "aqui". Não teria lutado enquanto muitos me forçavam a desistir. Acreditado, quando nem mesmo você confiou em nós dois. Suportado dores, até então imagináveis. Porém, tomei a decisão, talvez, mais dolorosa de minha vida. Decidi libertá-lo de mim. Libertá-lo de minhas palavras, dos meus erros. Dos meus sentimentos e do meu platônico amor. Do meu ciúme possessivo, do meu sarcasmo aparente e das minhas melosas declarações. Te liberto do meu passado e do presente que insisto em não mudar. Das minhas ignorâncias e dos meus medos. Te liberto de mim e de tudo o que sou. Espero que você viva melhor sem todo o mal que lhe causei em retribuição das 'burradas' que você insistia em cometer. Desejo que você viva feliz, ou que simplesmente viva - eu tentarei o mesmo - até porque, eu não sobreviveria em um mundo no qual você não exista!

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Seria mais simples, não ter lhe conhecido. Não ter olhado nunca nesses olhos que me desejam, não ter tocado os lábios que me satisfazem e nunca ter provado do abraço mais sincero que ganhei em minha vida. Assim, seria fácil, lhe negar pedidos, encontros e até mesmo beijos; afinal você seria só mais um ao invés do único. Porém, já aconteceu. Você já cruzou o meu caminho, tirou-me de minha direção e colocou na tua. Me faz apaixonar-me por seus sorrisos, cada um com seu significado particular e especial. Não é mais uma condição mas sim, uma certeza. E diante dela, só posso pedir-lhe para vir buscar o que é, teu por direito. Venha buscar meus sentimentos, todos dedicados exclusivamente a você. Meus carinhos, minhas palavras, meu coração... E se por acaso, eu estiver inclusa nesse pacote, encare como um singelo e modesto brinde. 

"Só de me encontrar em seu olhar, já muda tudo! Posso respirar você, posso te enxergar no escuro"

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Me sinto impotente agora, diante da certeza de que você cresceu. Diante, da realidade de que você não precisa mais de mim para amarrar seus sapatinhos, que agora já se tornaram saltinhos discretos de uma quase mulher. Que você abandonou aquele charmoso andador, que me provava, o quanto você era dependente, dele ou de mim, para se movimentar. Que não teremos mais mímicas, para nos comunicar e que não ouvirei mais aquele "codinome" engraçado que você balbuciava, para se comunicar comigo. Que você não recorre mais a mim, para pentear seus longos cabelos, que hoje se moldam a um moderno corte "de adulto". Que você não vai mais correr e pular em meus braços quando me ver, por quê você já é uma "mocinha" e precisa se comportar como tal. Que você não acredita mais, que todas as estrelas que iluminam nosso céu, são suas, graças a um presente, meu, no seu segundo aniversário. Que eu não posso mais, te aconchegar em meus braços, pois você já está quase tão alta quanto eu. Que o seu passatempo favorito, não é mais aquela boneca linda que lhe dei, quando você completou três anos, e sim, o seu grande estojo de maquiagem, com cores fortes e vibrantes, que quando usadas, me fazem enxergar o quanto você cresceu. Como me sinto vulnerável quando lhe pego lendo algo escrito em minha blusa, pois a um tempo atrás eu soletrava, letrinha por letrinha, para que você pudesse pronunciar uma frase. O tempo passou para nós duas, o meu anjo cresceu, e apesar de ser doloroso saber, que perdi o meu neném, me orgulho por saber, que você está se tornando uma linda princesa s2.

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Nunca fui boa, em consolar ou confortar amigos ou conhecidos, diante de uma perda. Sempre me limitei a um abraço carinhoso, a palavras e promessas de um futuro melhor e próximo! Porém ao olhar nos olhos daquele homem me obriguei a fazer alguma coisa. Ele era, alto, basicamente forte, chorava interruptamente e dizia coisas as quais não pude entender. Parecia terrivelmente, derrotado e abatido pelo seu maior inimigo - A morte - e não se conformava com o ocorrido. Vi sobre seus ombros a pior dor do mundo e notei que ele não fazia esforços para esconder, que não a suportava! Eu caminhava em direção a minha casa, e me sentia estranhamente feliz mesmo diante de todos os meus problemas atuais, quando o vi. Ao cruzar com Ele em meu caminho, abraçado a um nobre ser humano que tentava acalmá-lo, me senti culpada por minha notável felicidade e tentei escondê-la. Foi fácil, pois ao ouvir seu exacerbado choro, senti meus olhos, umedecerem e um sentimento de compaixão tomar conta de todo o meu corpo. Diminui meus passos frenéticos, que traduziam bem, o quanto eu ansiava por chegar logo em casa, tomar um banho e comer alguma coisa, já que eu não o fazia desde o amanhecer. Quando parei ao seu lado, derramei algumas lágrimas, que acompanharam as dele até ao chão. Ele se livrou dos braços que os envolvia, na tentativa de consolá-lo, e me olhou com curiosidade. Acenei para Ele, e o mesmo derramou mais lágrimas como quem me convidava a me aproximar. Dei três passos em sua direção e fui surpreendida quando ele estendeu, para mim, sua mão direita e avistei nela um "bambolê" rude, imponente e perspicaz. Lhe concedi o direito de tocar em minha mão, fazendo com que minhas duas alianças, tocassem a dele, e me aproximei de cabeça baixa e ensaiando, talvez, o que lhe falar. Ele ergueu minha cabeça, tocou meu rosto e sorriu. Ajeitou o meu cabelo e me pediu para que parasse de chorar. Com uma voz trêmula, lhe disse que a condição para o mesmo acontecer, seria que Ele também cessasse seu choro. O abracei, na ponta dos pés, e ele percebendo a minha desconfortável posição, se inclinou, me permitindo voltar ao chão. Não consegui dizer absolutamente nada além de 'sinto muito' e Ele pareceu não se importar com isso. Quando me preparei para soltá-lo, o mesmo, me disse entre soluços: "Você me lembrou muito Ela! Obrigada!" E como uma faca transpassando o meu peito, pude entender o por quê de tanto desespero. Ele perdeu sua amada. A responsável por aquela aliança, ao me ver, de um recente noivado. A dona de seus olhos e coração. E coincidentemente, eu o lembrava Ela. Desconheço os motivos da morte, assim como não o conheço. Nunca o vi antes em minha vida, e se quer, depois.
Mas nunca o esquecerei, por ter tido a possibilidade de ajudá-lo, e provar, o mínimo que seja, do grande amor que Ele move, por aquela mulher.

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Hoje estive pensando em nós dois, e substancialmente em tudo o que vivemos. Revivi momentos emocionantes e pude sentir dores tão reais quanto as que me fizeram chorar, quando coisas ruins aconteceram entre nós dois. Confesso que os momentos bons, foram mais presentes que os ruins - fico contente por isso - e me propuseram boas risadas e fizeram com que meu coração manifestasse sua satisfação por revivê-los. Percebi, que você esteve mais presente, que eu imaginara. Que arrancou mais sorrisos que muitos outros e principalmente, que curou mais feridas que fez. Notei, que crescemos juntos e que hoje, diante do que fomos a algum tempo atrás, somos melhores! O que me leva a crer, que o bem que você me fez é recíproco e que és tão dependente de mim, quanto sou de você. Devo admitir, que tantas lembranças, me fizeram enxergar o quanto carrego de você em mim. O quanto sou você, e o quanto gosto disso!
As feridas, que não sangram mais, foram cicatrizadas, pelo seu amor. Os medos, hoje inexistentes, foram curados por sua coragem. Lhe serei, eternamente grata, por tantos benefícios, e espero um dia ter a possibilidade de retribuí-los! 
                                      Pelo nosso segredos2

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